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Bolsa fecha em alta, mas encerra a semana com recuo de 1,38%

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Traders globais permanecem cautelosos após indicadores de performance industrial e de varejo chineses no mês de julho serem levemente mais fracos do que o previsto: expansão anual 4,8% (estimado 5%) e varejo queda de - 1,1%.

Isso ocorre porque Pequim freou os estímulos fiscais e aportes de capitais que contribuíram para uma maior aceleração inicial da reativação econômica. Ainda assim, a evolução prossegue, mas em um compasso mais lento.

Aliado a isto, persiste o impasse entre congressistas estadunidenses quanto à efetiva aprovação de um pacote de incentivos que auxilie o mercado ianque a reanimar.

No oriente, majoritariamente os pregões asiáticos fecharam no azul: Nikkei (Tóquio) + 0,17 a 23.289,36, Xangai Composto (China) + 1,19% a 3.360,10 pontos, Shenzhen Composto (China) + 1,25% a 2.244,17 pontos e Taiex (Taiwan)+ 0,25%, a 12.795,46 pontos. Em direção oposta: Hang Seng (Hong Kong) em queda de – 0,19% a 25.183,01 pontos e Kospi (Seul) - 1,23 % a 2.407,49 pontos.

Já na zona do euro, as notícias sobre o desempenho chinês inferior somada à ameaça de uma 2ª onda de Covid, que restringiu o deslocamento interno no velho continente, serviu para derrubar os ganhos acumulados durante a semana.

Desvalorizadas, as bolsas europeias encerraram negativas: DAX (Alemanha): - 0,71% a 12.901,34 pontos, FTSE 100 (Londres) fechou - 1,55 % em 6.090,04 pontos, CAC 40 (Paris) - 1,58 a 12.901,34 pontos, FTSE MIB (Itália) - 1,13 % a 20.028,11 pontos, IBEX 35 (Madri) - 1,33 % a 7.154,30 pontos e PSI 20 (Lisboa) - 0,84 % a 4.441,52 pontos.

Os futuros da Dow Jones (às 15h13) registravam 27.961,41 pontos com ganho de + 0,24%. O S&P 500 atingiu valorização de +0,11% a 3.370,88 pontos.

No mercado doméstico, o que mobilizou o cenário foi a divulgação do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) – “prévia” informal do PIB – registrando um recuo de - 6,28% no primeiro semestre.

Em razão das medidas restritivas para combate ao Covid-19, os meses de março (-6,12%) e abril (-9,62%) se mostraram mais impactados; ante um esboço de recuperação nos meses de: maio (+1,6%) e junho (+4,89%).

Observa-se sinais de retomadas, mais os dados não são totalmente otimistas por conta do recuo no número de novas vagas de emprego e o crescimento demonstrado ser insuficiente para recompensar as perdas do isolamento. 

Conforme dito pelo economista do Itaú Unibanco, Luka Barbosa: "Estamos vendo uma volta rápida da atividade econômica no formato de V, mas não se sabe se vai completar o V, que seria voltar ao mesmo nível que estava antes da crise".

Por aqui, o Ibovespa encerra o pregão no azul: + 0,89% a 101.353,45 pontos. Mas no acumulado semanal apresenta recuo de -1,38%.

Dentre as maiores altas temos: HGTX3.SA (+10,27%), NTCO3.SA (+8,18%), SUZB3.SA (+6,13%), JBSS3.SA (+5,19%) e BRML3.SA (+4,91%).

Já as maiores baixas foram: BTOW3.SA (-6,89%), BPAC11.SA (-3,35%), LAME4.SA (-3%), BRFS3.SA (-1,1%) e CCRO3.SA (-1,1%).

Dólar

A moeda americana termina o dia cotada a R$ 5,427 com alta de + 1,12%.

Método Investimentos

Luis Outi

https://investidorindependente.com/

Amante do mercado financeiro. Trabalho no mercado financeiro desde 2008, especializado no mercado de renda variável e de derivativos, também conhecido como opções.