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Ibovespa avança com pregões positivos do exterior; Dólar dispara em 4ª alta consecutiva

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Atmosfera de cautela iniciada na semana passada ainda prevalece nesta segunda-feira (10/08) entre os traders globais que seguem atentos aos desdobramentos das tensões comerciais sino-americanas.

Dentre os reveses à reativação mundial da economia estão no radar dos especialistas o grave quadro epidêmico que assola os estadunidenses, pondo em xeque a capacidade de reação das empresas em relação à criação de novos postos de trabalhos.

Soma-se a essa preocupação a ausência de consenso entre os congressistas ianques em torno do pacote fiscal trilionário e os desfechos da eleição presidencial dos EUA.

Fato é que medidas como o bônus extra semanal a desempregados – ainda que com valor menor de US$ 400 – outorgadas por Trump nesse final de semana, são bem recebidas e dão um pouco mais de fôlego.

O lado bom é que a positiva performance chinesa em julho (deflação de 2,4% ante aos 2,6% previsto) contribuiu para apaziguar os ânimos dos mercados asiáticos e europeus que, hoje, registraram altas, em sua maioria.

No oriente, encerram no azul os pregões asiáticos: Xangai Composto (China) +0,75% a 3.379,25 pontos, Shenzhen Composto (China) +0,21% a 2.277,42 pontos, Kospi (Seul) +1,48 % a 2.386,38 pontos e Taiex (Taiwan)+0,51%, a 12.894,00 pontos. Exceto, Hang Seng (Hong Kong) em queda de – 0,63 % a 24.377,43 pontos. Em razão do feriado nacional, a bolsa japonesa não operou.

Na zona do euro, as bolsas que terminaram valorizadas foram: FTSE 100 (Londres) fechou + 0,31% em 6.050 pontos, CAC 40 (Paris) + 0,41 a 4.909 pontos, FTSE MIB (Itália) + 0,69 %, em 19.651pontos, IBEX 35 (Madri) + 1,49 a 7.053 pontos e PSI 20 (Lisboa) + 0,67a 4.396 pontos.

Os futuros da Dow Jones (às 15h53) registravam 27.736,49 pontos com ganho de – 1,10%. O S&P 500 atingiu desvalorização de +0,15% a 27.736,49 pontos.

Nos próximos dias, as atenções no exterior ficam nos indicadores de vendas no varejo e produção industrial da China e dos Estados Unidos.

No cenário doméstico, as preocupações gravitam em torno do risco fiscal e da reforma tributária. Mesmo que o ministro defenda o teto de gastos analistas e traders aguardam ansiosos como isto se processará na prática.

Apesar de oscilar um pouco, o Ibovespa encerra o pregão no azul: + 0,65% a 103.444,48 pontos.

O viés positivo foi diretamente impactado pelas notícias de venda da Braskem por parte da Odebrecht e reflexo dos ganhos das demais bolsas globais.

Dentre as maiores altas temos: BRKM5.SA (+9,32%), CSNA3.SA (+7,87%), EMBR3.SA (+5,73%), USIM5.SA (+4,57%) e GOAU4.SA (+3,82%).

Já as maiores baixas foram: TOTS3.SA (-7,4%), HGTX3.SA (-5,09%), MGLU3.SA (-4,34%), RADL3.SA (-2,61%) e BRFS3.SA (-2,59%).

Dólar

A moeda americana termina o dia cotada a R$ 5,465 com alta de + 0,92%.

Trata-se da quarta alta consecutiva, sendo que a valorização do dólar é a maior quando comparada ao mês de junho.

Método Investimentos

Luis Outi

https://investidorindependente.com/

Amante do mercado financeiro. Trabalho no mercado financeiro desde 2008, especializado no mercado de renda variável e de derivativos, também conhecido como opções.