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8 Índices da bolsa brasileira que você precisa conhecer

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Quem investe ou deseja investir precisa conhecer alguns índices da bolsa. Isso porque eles podem ser benchmarks interessantes para investidores e fundos de investimento. Além disso, podem ajudar a tomar decisões alinhadas às necessidades de cada um ao montar a carteira de investimentos.

O Ibovespa é o índice mais conhecido da bolsa brasileira, a B3. Porém, ele não é o único! Ao conhecer outras opções, o investidor pode guiar seus investimentos com maior qualidade – e até mesmo aumentar as chances de bons resultados.

Continue a leitura desse post e conheça 8 dos principais índices da bolsa brasileira!


1. Ibovespa

Começaremos pelo índice mais famoso do Brasil. Representado pela sigla IBOV, ele indica o desempenho médio da bolsa brasileira. Isso porque reúne, em sua carteira teórica, as ações mais negociadas no mercado.

Sua composição é efetuada com base nos resultados dos últimos 12 meses. Já seu rebalanceamento é feito a cada 4 meses, nos meses de janeiro, maio e setembro. Assim, é decidido quais ações entram, saem ou continuam no índice. Normalmente, são cerca de 60 empresas escolhidas.

Por considerar as principais empresas da bolsa, é possível ver o IBOV como um termômetro para o mercado acionário nacional. Logo, ele pode ser consultado por investidores que desejam avaliar a performance de seu portfólio em relação ao índice de referência.

Ao falar em índices da B3, é importante retomar o conceito de carteira teórica. Ela diz respeito a um portfólio de investimentos no qual não é possível investir diretamente. Isso porque ela busca apenas representar uma determinada seleção de ativos, como as ações.

Para se expor a uma carteira teórica, como a do IBOV, existem duas opções. A primeira é por meio do investimento autônomo — no qual o investidor monta uma carteira com todos os ativos presentes no portfólio teórico.

A segunda é por meio dos exchange traded funds (ETFs), que costumam ser mais baratos e práticos que a primeira opção. Isso porque são fundos cujo gestor já realiza os investimentos de acordo com a carteira teórica.



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2. Índice Brasil – 50

Chamado de IBrX-50, esse índice da bolsa brasileira reúne os 50 ativos com maior representatividade e negociabilidade. Para a montagem de sua carteira teórica, ele considera o preço dos papéis e o valor de mercado da empresa em questão.

Desse modo, a negociação das ações da companhia é tão relevante quanto a performance do negócio. Portanto, é plausível que os ativos contidos no IBrX-50 tenham uma liquidez maior.

Existe, ainda, um índice semelhante a esse. É o IBrX-100. Enquanto o IBrX-50 engloba 50 empresas, naturalmente o IBrX-100 inclui 100 companhias.


3. Small Caps

A sigla do índice Small Caps é SMLL. Sua carteira teórica compreende companhias menores. Assim, diferencia-se dos índices que consideram as chamadas large caps ou blue chips — as empresas mais representativas.

As small caps podem apresentar potencial maior de crescimento. Por isso, alguns investidores buscam conhecer o índice para investir em companhias desse tipo. Em geral, o SMLL é formado por cerca de 70 companhias cujo valor de mercado está dentro de um determinado limite.

Por exemplo, em 2021, o limite considerado era de US$ 1 bilhão em valor de mercado. De forma a compor a carteira desse índice da bolsa, o valor de cada ação precisa ser maior de R$ 1. Além disso, a organização também não pode estar em recuperação judicial.


4. Índice Brasil Amplo

O IBrA, como o nome indica, é bastante amplo. Ele visa a refletir o desempenho médio de todos os ativos negociados na B3. Mas, para compor sua carteira teórica, é necessário que os ativos cumpram requisitos mínimos de presença em pregão e liquidez.

Por meio dele, quem investe pode obter uma visão ampla da economia brasileira. Ativos em recuperação judicial e classificados como “penny stock” (ou seja, que são cotados abaixo de R$ 1) não podem fazer parte da carteira teórica do índice.


5. Índice de BDRs Não Patrocinados-GLOBAL

O BDRX é um índice muito importante para quem deseja investir em ativos internacionais — mas sem precisar abrir conta no exterior. Os brazillian depositary receipts (BDRs), que são recibos de valores mobiliários, proporcionam isso ao serem atrelados a ativos internacionais.

Existem dois principais tipos de BDRs, os patrocinados e os não-patrocinados. Os patrocinados são emitidos no Brasil em função da escolha do próprio emissor internacional – por exemplo, a empresa.

Por outro lado, os não patrocinados dizem respeito a certificados que não são emitidos por meio do próprio emissor dos investimentos. Eles são emitidos a partir da escolha de uma instituição depositária intermediária. Esses são a maioria no país e fazem parte da carteira teórica do BDRX.

Logo, o Índice de BDRs Não Patrocinados-GLOBAL visa a refletir o desempenho das cotações de BDRs não patrocinados.



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6. Índice MidLarge Cap

A sigla MLCX diz respeito a um índice cuja carteira teórica reúne as empresas com a maior capitalização do mercado de capitais. Ele foca tanto em empresas de média quanto de alta capitalização. Assim, reúne as companhias com as maiores porcentagens em valor de mercado.


7. Índice de Dividendos

Muitos investidores buscam incluir ações de empresas em seus portfólios que são boas pagadoras de dividendos. Nessa hora, é interessante que eles acompanhem o IDIV.

Isso porque ele representa, em média, as organizações que melhor remuneram seus acionistas na hora de pagar tanto dividendos quanto juros sobre o capital próprio.


8. Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários

Também chamado de IFIX, esse índice reflete a performance média dos Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs). Assim, não se trata de ações. Os FIIs são uma modalidade de investimento coletiva voltada para o mercado de imóveis.

Os fundos são geridos por um profissional, que se guia por uma estratégia pré-determinada. Quem compra suas cotas se torna um cotista e passa a compartilhar dos resultados do fundo.

Os investidores que se interessam por essa modalidade de investimento podem se beneficiar do acompanhamento do IFIX. Um dos principais critérios que permitem que um fundo faça parte de sua carteira teórica é o valor de mercado — que também impacta no peso dele no índice.


Conclusão

Como você viu, existem diversos índices da bolsa capazes de amparar a sua tomada de decisão. Ao aliar essa análise ao perfil de investidor e objetivos, quem investe pode escolher ativos que se alinhem às suas demandas.

Além disso, é possível usar essas informações como base para mensurar o comportamento do mercado – e da sua carteira. Então, não deixe de conferir o desempenho desses 8 índices da bolsa, caso eles se aproximem de seus objetivos!

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