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Como funcionam os fundos de investimentos? Descubra agora!

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Já pensou em fazer um investimento juntamente com vários outros investidores? É mais ou menos essa a lógica dos fundos de investimentos. 

Eles podem ser uma ótima opção para quem procura diversificar a carteira e ainda contar com o apoio de um gestor profissional para montagem de portfólio.

Quer saber mais sobre o assunto? Então separe alguns minutos para entender o que são e como funcionam os fundos de investimentos.

O que são fundos de investimentos?

Os fundos de investimentos são um veículo de investimento. Ou seja, são uma forma de investir no mercado financeiro.

Eles são formados a partir da reunião de diversos investidores, que se juntam para investir no mercado visando uma mesma estratégia. 

Existem vários tipos de fundos e, neste artigo, falaremos brevemente sobre alguns deles. Mas, antes, vamos entender como os fundos de investimentos funcionam?



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Como fundos de investimentos funcionam?

Basicamente, os fundos de investimentos funcionam como uma espécie de condomínio. Nesse condomínio são coletados capital de diversos investidores, que desejam obter lucro com seus investimentos.

Quando o fundo consegue lucrar, a rentabilidade é dividida entre os participantes do fundo, de acordo com o número de cotas que cada um possui. E o resgate de cotas pode ser feito de duas maneiras.

Caso o fundo de investimento seja na forma de condomínio aberto, os investidores podem solicitar os resgates das cotas conforme o regulamento do próprio fundo. Já se o fundo for fechado, somente será possível fazer o resgate quando ele atingir seu prazo de vencimento.

Além disso, é possível que fundos determinem um benchmark de desempenho. Normalmente isso acontece quando o fundo está atrelado a um indicador (como o CDI).

Para que você compreenda melhor como os fundos funcionam, é importante conhecer três protagonistas desta modalidade de investimento:

Cotista

Quem investe em um fundo de investimento precisa comprar um cota – ou uma certa quantia de cotas, que nada mais é do que uma fração do fundo. Por isso, nesse caso o investidor é chamado também de cotista. 

Os cotistas têm um papel fundamental na formação do fundo. Afinal, é a soma de todas as cotas adquiridas pelos investidores que formam o patrimônio do fundo. 

Importante entender que o valor das cotas de cada investidor podem variar, a quantidade de cotas que cada cotista possui permanece a mesma (a não ser que faça um resgate ou uma nova aplicação ou, ainda, que se incida o imposto come-cotas sobre o investimento).

Gestor

Todos os fundos de investimentos são gerenciados por um gestor profissional credenciado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Como explicamos neste artigo, a CVM tem como um de seus objetivos proteger o investidor. Logo, espera-se que aquele que gerencia um fundo tenha a competência necessária para exercer a função.

Então, sempre que o investidor faz aportes em um fundo, ele deixa o dinheiro sob responsabilidade de um gestor, que definirá como serão feitas as alocações. Esse gestor, claro, sempre respeitará o que foi estabelecido no regulamento do fundo e buscará as melhores estratégias de investimento e alocação.

Administrador

Também credenciado pela CVM, o administrador é quem cuida do dia a dia do fundo. Em outras palavras, é o responsável pelo seu funcionamento, sendo que ele é quem calcula e divulga o valor das cotas para as pessoas interessadas em investir.

Outra responsabilidade do administrador é a de fazer as prestações de contas aos cotistas e reguladores. 

Características dos fundos de investimentos

Os fundos de investimentos possuem algumas características importantes. Conhecê-las é fundamental para entendermos como eles funcionam. 

São elas:

Taxas

É preciso considerar bem todos os custos antes de investir em um fundo de investimento. Existem algumas taxas às quais o investidor deve ficar atento:

  • Taxa de administração: cobrada pela ampla maioria dos fundos, trata-se de um percentual anual sobre o valor total do investimento. O valor cobrado costuma variar conforme o tipo de fundo.
  • Taxa de performance: cobrada por muitos fundos caso o rendimento seja superior a um índice previamente estabelecido como referência (a cobrança da taxa significa, portanto, que o desempenho do fundo foi melhor que o esperado). Este índice é conhecido por benchmark, e pode ser o IPCA, o Índice Ibovespa, CDI, e outros.
  • Taxa de saída: caso o fundo permita em regulamento e o cotista opte por resgatar os valores antes do prazo de resgate previamente estabelecido, é possível que ele precise pagar a taxa de saída. Ela pode ou não existir, e o valor costuma variar.

Tributação

A tributação varia de acordo com o tipo do fundo de investimento e o tempo da aplicação. O investidor precisa saber que, na maioria dos fundos, existe incidência do come-cotas, que é a antecipação do recolhimento do Imposto de Renda. 

Além disso, em alguns fundos há cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para cotistas que desejem resgatar o dinheiro em curtíssimo prazo – em até 30 dias.

Riscos

Os riscos diferem também conforme o tipo de fundo. Por exemplo, fundos que investem em títulos do governo possuem riscos menores que fundos de ações.

Para saber sobre os fatores de risco, o indicado é analisar os formulários de informações complementares do fundo em questão. 



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Tipos de fundos de investimentos

Na sua essência, os fundos de investimentos funcionam da mesma maneira. Isto é, como uma espécie de condomínio gerenciado por um gestor profissional. O que os difere, basicamente, é a estratégia de alocação de investimentos. 

Essa estratégia é definida de acordo com o tipo de fundo. Alguns exemplos são:

  • Fundos imobiliários: conhecidos também por FII, são focados em investimentos no ramo imobiliário. Eles adotam estratégias variadas, mas a mais conhecida é o investimento em imóveis visando geração de renda passiva com aluguéis. 
  • Fundos de renda fixa: são o tipo de fundo para quem deseja correr menos riscos, já que são compostos, majoritariamente, por produtos de renda fixa.
  • Fundos de ações: podem ser uma boa alternativa para quem quer investir em empresas de capital aberto, mas não sabe como escolher e nem como gerenciar os papéis. Nos fundos de ações, a maioria da carteira deve estar posicionada em ações, cotas de fundos de índices de ações, cotas de fundos de ações, certificados de depósito de ações, ativos de renda variável, bônus ou recibos de subscrição e BDRs.
  • Fundos multimercados: possuem estratégias bem mais amplas e com maior flexibilidade quanto aos ativos e derivativos que podem fazer parte da carteira do fundo.
  • Fundos cambiais: costumam ser procurados, especialmente, por quem tem contrato em moeda estrangeira ou um compromisso a pagar em outra moeda e busca uma forma de proteção contra a variação cambial. Como o nome sugere, os fundos cambiais investem, majoritariamente, em ativos relacionados a moedas estrangeiras. 

Vale a pena investir em fundos de investimentos?

Agora que você entendeu como fundos de investimentos funcionam, pode estar se perguntando se a estratégia é boa para você. Como sempre, esta é uma decisão pessoal e que depende muito do seu perfil e dos seus objetivos. 

Em geral, os fundos podem ser uma boa opção para investidores que desejam diversificar seu portfólio a partir de uma única modalidade de investimento e para aqueles que têm interesse em contar com uma gestão profissional de portfólio – especialmente investidores que não têm tempo ou conhecimento suficiente para compor sua carteira sozinho.

Apenas lembre-se sempre de considerar a liquidez do fundo, as taxas cobradas e as estratégias adotadas pelos fundos de seu interesse. Não esqueça também, claro, de avaliar o risco do investimento – e se este risco está alinhado ao seu perfil e estratégia de investimento.

E você, tem alguma dúvida sobre o assunto? Para saber se os fundos de investimentos são ou não uma boa opção para a sua carteira, entre em contato conosco! 

Método Investimentos

Luis Outi

https://investidorindependente.com/

Amante do mercado financeiro. Trabalho no mercado financeiro desde 2008, especializado no mercado de renda variável e de derivativos, também conhecido como opções.