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Ibovespa escorrega e negativa 2,72%, abaixo dos 100 mil pontos

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Surpreendente recuperação da economia chinesa somada à iniciativa do FED – banco central americano – em adotar inflação moderada na semana passada, enchem de ânimo traders globais.

Ainda que pese como pano de fundo as tensões comerciais sino-americanas, a leitura do mercado é que ambas as potências, cada qual ao seu modo, têm se mobilizado para reverter os reveses financeiros provocados pela COVID-19.

Apesar de ínfima redução no PMI (Índice dos Gerentes de Compras) de Manufatura (51,0 de agosto ante os 51,1 de julho), é notório que o gigante chinês está desperto e seu crescimento é sólido, já que no setor de Serviços, em agosto, houve avanço de 54,5 (ante 54,2 em julho).

Ironicamente, as bolsas asiáticas tiveram pequenos tropeços e terminaram o dia no vermelho. Com exceção de Taiwan e do Japão, que passam por um momento muito peculiar de troca de primeiro-ministro e graças ao anúncio de que Warren Buffet adquiriu 5% de 5 grandes empresas nipônicas.

Desta maneira, encerram os pregões orientais: Xangai Composto (China) - 0,24% a 3.395 pontos, Shenzhen Composto (China) -0,44% a 2.295 pontos, Taiex (Taiwan)+1,08%, a 12.591 pontos, Hang Seng (Hong Kong) – 0,96% a 25.177 pontos e Kospi (Seul) -1,17% a 2.326,17 pontos e Nikkei (Japão) +1,12% a 23.139 pontos.

Na zona do euro, os indicadores chineses foram muito bem recebidos, mas as incertezas vindas dos desafios em relação ao combate ao Covid-19 se sobrepuseram.

Por isto, com exceção de Londres, que não operou devido ao feriado, os pregões europeus registraram leve queda: DAX (Alemanha): -0,67% a 12.945,38 pontos, CAC 40 (Paris) - 1,11% a 4.947,22 pontos, FTSE MIB (Itália) - 1,04 % a 19.633,69 pontos, IBEX 35 (Madri) - 2,29% a 6.969 pontos e PSI 20 (Lisboa) - 0,97% a 4.301 pontos.

Os futuros da Dow Jones (às 15h44) registravam 28.433,47 pontos com recuo de - 0,77%, enquanto que o S&P 500 atingiu valorização de +0,88% a 3.505,12pontos.

Por aqui, o Ibovespa segue o ritmo mundial e encerra o pregão no vermelho: - 2,72%, retornando aos 99.369 pontos.

Dentre as maiores altas temos: ENBR3.SA (+6,62%), VVAR3.SA (+1,38%), FLRY3.SA (+1,05%), MRFG3.SA (+1,03%) e USIM5.SA (+1%).

Já as maiores baixas foram: HYPE3.SA (-5,92%), GOLL4.SA (-5,74%), ELET3.SA (-5,28 %), COGN3.SA (-5,16%) e IRBR3.SA (-4,93%).

Investidores e especialistas monitoram de perto o projeto de lei orçamentária 2021 apresentado nesta segunda (31/08) às, 16h. As expectativas gravitam em torno da queda de braço entre o rigor fiscal X elevação das despesas públicas.

A proposta estima um crescimento de 3,2% da economia em 2021, acompanhado de um aumento no déficit fiscal para R$ 233,6 bilhões; na proporção, isto consumiria 3,1% do PIB (Produto Interno Bruto).

Ou seja, a nova meta indica uma piora de R$ 84 bilhões ao comparada com a Lei de Diretrizes Orçamentárias estimada pelo governo federal em abril deste ano.

Com isso, o futuro será de 3 anos sucessivos de déficits atingindo o impressionante marco de R$ 572,9 bilhões. A proposta ainda deixa bem evidente a ausência de recursos - no montante de R$ 453,715 bilhões – de modo que o governo consiga quitar gastos ordinários.

Por fim, as despesas discricionárias devem somar R$ 92,053 bilhões, o que corresponde 6,3 do PIB.

Dólar

A moeda americana termina o dia cotada a R$ 5,481, com alta de + 1,69%.

Método Investimentos

Luis Outi

https://investidorindependente.com/

Amante do mercado financeiro. Trabalho no mercado financeiro desde 2008, especializado no mercado de renda variável e de derivativos, também conhecido como opções.