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Resultados do setor bancário e tensão internacional afetam Ibovespa nessa sexta-feira

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Tensões acirradas entre EUA X China deixam traders mundiais em estado de alerta máximo. Ainda não é possível mensurar a extensão dos danos, mas os primeiros efeitos negativos afetaram os futuros asiáticos.

Além de banir o uso dos apps Tik Tok e WeChat em território americano pelo prazo de 45 dias, caso não sejam vendidos, o governo Trump recomendou a proibição de companhias chinesas - que não se enquadram nas normas contábeis americanas – de operarem em suas bolsas.

Ainda em terras ianques, más notícias como: a falta de acordo entre os políticos sobre o pacote de incentivos à economia e a frustração na geração de vagas no mercado de trabalho privado (estimado: 1,6 milhões | real 250 mil postos) preocupam.

Apesar de as perdas serem consideradas moderadas, investidores aguardam ansiosamente a divulgação do relatório oficial de emprego (payroll) nos EUA. A expectativa é que a taxa de desemprego reduza e se estabilize em 11,1%.

Os futuros da Dow Jones (às 16h34) registravam 27.332,08 pontos com redução de - 0,20%. O S&P 500 atingiu desvalorização de -0,30% a 3.338,99 pontos.

Acompanhando o mau humor no exterior, a maioria das bolsas asiáticas encerraram o dia negativas: Nikkei (Tóquio) - 0,39% a 22.329,94 pontos e o Hang Seng (Hong Kong) – 1,60% a 24.531,62 pontos, Xangai Composto (China) - 0,96% a 3.354,04 pontos, Shenzhen Composto (China) – 1,54% a 3.354,04 pontos. Exceto, Kospi (Seul) + 0,39% a 2.351,67 pontos.

Os bons resultados alcançados pelas empresas europeias, em especial a indústria alemã, foram suficientes para animar os traders. Afinal, os balanços superaram as expectativas dos lucros trimestrais projetados pelos analistas.

Os pregões europeus terminam essa semana acumulando ganhos de: FTSE 100 (Londres) fechou + 0,09%, em 6.032,18 pontos, CAC 40 (Paris) + 0,09%, a 4.889,52 pontos, FTSE MIB (Itália) + 0,21%, em 19.516,43 pontos, IBEX 35 (Madri) + 0,11%, a 6.950,50 pontos. Na contramão, caminhou o PSI 20 (Lisboa) - 0,25%, a 4.367,31 pontos.

Por aqui, a preocupação está na aprovação do projeto que impõe limites para cobranças de cartão de crédito e do cheque especial. Naturalmente, o que se viu foi a desvalorização de ações atreladas aos bancos nessa semana.

Contudo, antes de uma intensa venda de papéis bancários, o mercado aguarda o posicionamento da Câmara. Alguns especialistas não acreditam que este projeto ganhe aderência do legislativo.

Em ritmo de incertezas, a performance do Ibovespa hoje foi diretamente impactada. O pregão terminou com saldo vermelho de – 1,30% a 102.776 pontos.

Dentre as maiores altas temos: HGTX3.SA (+7,31%), RAIL3.SA (+2,46%), BRFS3.SA (+2,33%) e TIMP3.SA (+1,45%).

Já as maiores baixas foram: CIEL3.SA (-6,25%), BRML3.SA (-4,24%), YDUQ3.SA (-3,59%) e MULT3.SA (-3,43%).

Dólar

Nesta sexta o dólar termina o dia cotado a R$ 5,413 com alta de + 2,25%.

Em ascensão, moeda norte-americana acumula ganhos de 3,7% na parcial da semana. Em relação ao ano, soma alta de 33,24%.

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Luis Outi

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Amante do mercado financeiro. Trabalho no mercado financeiro desde 2008, especializado no mercado de renda variável e de derivativos, também conhecido como opções.